O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) atualizou as suas recomendações de 2016, voltada para os médicos que acompanham gestantes assintomáticas, mas suscetíveis à infecção pelo vírus Zika. As novas diretrizes incorporam um novo conhecimento: anticorpos tipo IgM contra Zika podem persistir por mais de 12 semanas, e até por meses, e, portanto, não indicam necessariamente infecção recente. Por outro lado, testes para o ácido nucléico dos vírus declinam com o tempo, à medida em que se reduz o RNA viral circulante. Logo, um teste molecular negativo não exclui uma infecção recente.
Determinar a data provável da infecção é importante porque o risco mais alto para o feto está associado à infecção no primeiro trimestre da gestação.
Cinco passos para o teste de gestantes assintomáticas
1. Triar todas as gestantes quanto à exposição ao vírus da Zika e quanto a sintomas e solicitar PCR para Zika para todas aquelas que apresentarem sintomas durante a gravidez (ou que tenham parceiros infectados)
2. Realizar um teste molecular a cada trimestre (a menos que já tenha havido um teste positivo).
3. Caso a paciente realize uma amniocentese por outro motivo, considerar a realização de PCR para Zika nos materiais coletados.
4. Oferecer aconselhamento às gestantes quanto às limitações dos exames para Zika, tanto IgM (que pode ser estar positivo devido a uma infecção prévia ‘a gravidez) tanto ao PCR, que pode ser negativo por ter sido coletado em período sem a presença do RNA do vírus).
5. Considerar a realização de IgM para Zika como teste pré-concepcional.
Referência: CDC Health Alert Network (HAN) Health Advisory, no. 402. Published online May 5, 2017