Testes rápidos de HIV são confiáveis?

1 dez, 2023 | Exames

Testes laboratoriais garantem diagnóstico mais preciso que os testes rápidos de HIV; Cerca de 92% dos brasileiros que identificam a infecção pelo vírus HIV precocemente por meios de exames de sangue e são tratados corretamente atingem níveis ‘indetectáveis’ do vírus

Políticas de vigilância, prevenção, controle e avanços nos tratamentos tornaram o Brasil referência mundial no enfrentamento do HIV/AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida). Para que isso fosse possível, o país adotou uma série de estratégias em resposta ao vírus e à doença. Uma das mais importantes é a disponibilização dos testes rápidos de HIV, atualmente ampliados na rede pública de Saúde, e comercializados em farmácias.

Realizados por meio da coleta de uma gota de sangue, retirada no dedo da pessoa, ou através da coleta de saliva, os testes rápidos de HIV trazem como grande vantagem a agilidade. Os resultados ficam prontos em 30 minutos. Conforme o Ministério da Saúde, esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nos Postos de Saúde e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). São feitos de forma anônima, com a supervisão de um profissional da Saúde.

Para o diretor técnico do Laboratório Lustosa, João Rodrigo Campos, os testes rápidos são essenciais para auxiliar no diagnóstico precoce do HIV/AIDS. Ele frisa ainda que esses métodos facilitam o acesso das pessoas à rede de assistência e aumentam a informação da população, ainda penalizada com muito desconhecimento sobre o vírus e a doença. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, por exemplo, um de cada quatro portadores não sabe que tem o vírus.

João Campos ressalta que os exames, sejam eles testes laboratoriais ou testes rápidos de HIV, devem ser feitos periodicamente por todas as pessoas com vida sexual ativa, tendo ou não sintomas de AIDS. “Hoje se recomenda, inclusive, que pessoas com idades entre 15 e 65 anos realizem rotineiramente a sorologia para HIV, tendo ou não os sintomas da doença ou aquilo que se chamava, há alguns anos, de “comportamento de risco’”, conclui.

Testes rápidos de HIV necessitam de confirmação?

João Campos ressalta que os testes rápidos de HIV são exames de triagem, ou seja, são apenas indicativos para que mais procedimentos, como exames laboratoriais, sejam feitos para o diagnóstico mais preciso da doença. “Caso esses procedimentos apontem para a presença da infecção pelo HIV, a primeira conduta dos profissionais de saúde é encaminhar o paciente para novos exames laboratoriais, mais específicos e confirmatórios”, observa.

Avanços e retrocessos

O Brasil comemora, em 2022, 40 anos de enfrentamento ao HIV/Aids, entre avanços significativos e também preocupações. Para começar, receber, hoje, o diagnóstico de contaminação pelo vírus não representa mais uma sentença de morte, como no passado. Com o avanço dos tratamentos, que incluem medicamentos modernos, a doença está sob controle. Conforme especialistas da Saúde, atualmente, a expectativa de vida de um portador do HIV é a mesma de uma pessoa que não tem o vírus.

“Cerca de 92% dos brasileiros diagnosticados precocemente, por meio de exames de sangue, e tratados corretamente atingem níveis ‘indetectáveis’ do vírus. A pessoa nesse estado há pelo menos seis meses, e com boa adesão ao tratamento, tem o risco de transmitir o vírus por via sexual reduzido a um nível insignificante e também consegue manter uma boa qualidade de vida sem manifestar os sintomas da AIDS”, ressalta o diretor do Lustosa.

Esforços mundiais

Em relatório divulgado recentemente, a UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS) listou alguns passos fundamentais para se alcançar a meta global: acabar com a AIDS até 2030: serviços liderados e centrados nas comunidades; a defesa dos direitos humanos, a eliminação de leis punitivas e discriminatórias e o combate ao estigma e à discriminação; o empoderamento de meninas e mulheres; igualdade de acesso aos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento, incluindo às novas tecnologias de saúde; e serviços de saúde, educação e proteção social para todas as pessoas, especialmente as afetadas ou vivendo com HIV e AIDS em situação de maior vulnerabilidade.

HIV x AIDS

O Ministério da Saúde esclarece que ter HIV não é o mesmo que ter AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

Da infecção do vírus ao início da doença

O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.

Quando ocorre a infecção pelo vírus, o organismo começa a ser atacado. Conforme informações do Ministério da Saúde, esta fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.

Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.

Para evitar preconceitos e se proteger, o Ministério da Saúde faz algumas orientações. Fiquem atentos:

Assim se pega o HIV:

  • Sexo vaginal sem camisinha;
  • Sexo anal sem camisinha;
  • Sexo oral sem camisinha;
  • Uso de seringa por mais de uma pessoa;
  • Transfusão de sangue contaminado;
  • Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
  • Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

 

Assim não se pega HIV/AIDS

  • Sexo desde que se use corretamente a camisinha;
  • Masturbação a dois;
  • Beijo no rosto ou na boca;
  • Suor e lágrima;
  • Picada de inseto;
  • Aperto de mão ou abraço;
  • Sabonete/toalha/lençóis;
  • Talheres/copos;
  • Assento de ônibus;
  • Piscina;
  • Banheiro;
  • Doação de sangue;
  • Pelo ar.

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