Você sabe o que significa e para que serve o PSA (Antígeno Prostático Específico)? É o primeiro exame indicado para rastreio do câncer de próstata. Trata-se de uma glicoproteína produzida principalmente pelas células da próstata, uma pequena glândula que circunda a uretra nos homens e produz um fluido que compõe parte do sêmen.
A maior parte do PSA que a próstata produz é liberada nesse fluido, mas pequenas quantidades também são liberadas na corrente sanguínea. O PSA existe em duas formas no sangue: livre (não ligado) e complexado (cPSA, ligado a uma proteína). O teste de PSA mais utilizado para triagem inicial é o PSA total. Quando um médico solicita um “teste de PSA”, então, ele está se referindo a um PSA total.
“Níveis elevados de PSA estão associados ao câncer de próstata, mas às vezes podem ser observados em outras condições como prostatite e hiperplasia prostática benigna. Concentrações leves a moderadamente aumentadas de PSA também podem ser identificadas naqueles de ascendência afro-americana, e os níveis tendem a aumentar em todos os homens, à medida que envelhecem”, explica João Campos, Coordenador Regional de Produção do Laboratório Lustosa.
É importante ressaltar, ainda, que nem todos os pacientes com câncer de próstata têm um PSA elevado. Um PSA alterado, portanto, não é suficiente para diagnosticar o câncer de próstata. Por isso, além do exame de sangue, é fundamental fazer o toque retal para a detecção de alterações da próstata. “Mas o exame padrão ouro para identificar esse tipo de câncer é a biópsia da próstata, coletando pequenas amostras de tecido prostático e identificando células anormais ao microscópio”, observa João Campos.
Conheça mais sobre esse importante exame:
O que é PSA?
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, o PSA é uma glicoproteína produzida pelas células epiteliais prostáticas, podendo estar alterada em outras afecções. Níveis elevados de PSA indicam a necessidade de continuar a investigação por meio de outros exames, como a biópsia de próstata, para confirmar se há câncer.
Como avaliar os resultados?
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a interpretação do PSA é complexa, pois envolve algumas variantes. Um PSA elevado não significa que o paciente tem câncer de próstata. Por outro lado, um PSA baixo não isenta o paciente da doença. Por isso, a entidade recomenda que a interpretação do exame seja feita por um urologista, profissional médico especializado.
O PSA elevado pode indicar quais outras doenças?
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o PSA elevado pode indicar outras doenças, como:
Hiperplasia benigna da próstata: é o aumento benigno da próstata. Afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente com o avançar da idade.
Prostatite: é uma inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.
Qual o preparo para fazer o PSA?
O PSA é feito a partir da coleta de uma pequena amostra de sangue do paciente.
Algumas recomendações são importantes:
– Não é necessário jejum para a coleta;
– O paciente não deve ter relações sexuais nas 48 horas antes da coleta;
-Não realizar atividades físicas, como caminhadas, corridas na esteira, entre outras;
-Evitar dirigir longas distâncias, seja de carro ou moto;
-Evitar andar de bicicleta ou a cavalo.
-Evitar bebida alcoólica 72 horas antes do exame.
Qual a vantagem de fazer o PSA?
Realizar o exame pode ajudar a identificar o câncer de próstata logo no início da doença, aumentando, assim, a chance de sucesso no tratamento. Tratar o câncer de próstata na fase inicial pode evitar que ele se desenvolva e chegue a uma fase mais avançada.
Quando o PSA deve ser feito?
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens a partir de 50 anos de idade procurem um urologista para investigar os riscos de desenvolvimento de câncer de próstata, o segundo tipo de maior incidência entre o público masculino. A previsão é de 72 mil novos casos apenas este ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Negros ou homens com parentes de primeiro grau com histórico da doença devem começar o monitoramento antes, aos 45 anos. Para essa investigação, o PSA, em geral, deve ser feito anualmente, mas o médico pode prescrever outra periodicidade, conforme a avaliação do paciente.
Sintomas do Câncer de Próstata
De acordo com o Ministério da Saúde, em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea (metástase do câncer para o osso), sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.