Para comemorar o Dia da Imunização, uma boa dose de informação confiável
No Dia da Imunização, celebrado neste 9 de junho, uma questão coloca os profissionais de saúde em alerta: estaria a população deixando de se vacinar e provocando o retorno ou o aumento da incidência de doenças?
A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças e a forma mais eficaz de combater males causados por vírus e bactérias. No entanto, desde 2013, as taxas de imunização da população brasileira vêm caindo em todas as faixas etárias. Segundo o Ministério da Saúde, de 2004 a 2011, o país chegou a ter 100% de pessoas vacinadas contra o sarampo para a primeira dose da vacina. Hoje o número está em torno de 80%.
De acordo com especialistas, o sucesso proporcionado pela vacinação em massa nos anos anteriores, por mais irônico que seja, pode ter influenciado no baixo índice de cobertura vacinal da atualidade. E o motivo é simples: como pessoas deixaram de ser acometidas por doenças preveníveis por vacinas, essas doenças deixaram de ser temidas. É como se a falta de convívio com a doença incentivasse o questionamento se há necessidade real de vacinar. Esse cenário pode criar um movimento contrário, uma vez que o índice de pessoas acometidas por doenças desse tipo tem crescido novamente.
Outra grande preocupação dos profissionais de saúde é a adesão cada vez maior de pais a movimentos contrários à vacinação ao redor do mundo – um comportamento que ameaça seriamente décadas de avanços na medicina preventiva e coloca em risco vidas de quem recebeu ou não a vacina e das pessoas próximas.
Para conter essa onda, instituições internacionais aumentaram a mobilização em 2019. A Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu “Imunização e Vacinação” como um dos temas Dia Mundial da Saúde (7 de abril) deste ano. Além disso, o Facebook está se mobilizando para ajudar a combater as “Fake News” sobre o assunto.
Nos Estados Unidos, médicos já podem se recusar a atender crianças cujos pais se negam a vaciná-los. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê diversas normas com objetivo de proteger o direito à vida e à saúde de crianças e adolescentes. Entre elas, há a previsão de punições aos pais que não vacinarem os filhos.
A legislação afirma que “é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias“, bem como as vacinações da primeira infância.
Importante avaliar a origem das informações que circulam e chegam até você. Afinal, as vacinas salvaram milhões de vidas ao longo dos anos.
Caso queira se aprofundar no assunto, separamos algumas matérias para você. Afinal, a boa informação também é uma grande vacina:
https://nacoesunidas.org/oms-define-10-prioridades-de-saude-para-2019/