Candidíase: um guia completo, com tudo o que você precisa saber

O que é Candidíase?

Embora seja predominantemente associada à infecção na vagina, conhecida por provocar uma coceira intensa e atingir um grande número de mulheres, a candidíase tem espectro amplo. O Ministério da Saúde conceitua a doença como “um conjunto de infecções fúngicas, causadas por diferentes espécies de fungos Candida, sendo a mais frequente a Candida albicans”.

Segundo o Assessor Técnico em Microbiologia do Laboratório Lustosa, Hyllo Baeta, a Candida faz parte da microbiota do ser humano, ou seja, está presente na pele, nas unhas, no trato gastrointestinal e em outras partes do corpo. Em condições normais, não provoca nenhum dano ao indivíduo. No entanto, devido ao desequilíbrio nesta microbiota, o fungo pode ter uma multiplicação exacerbada, levando ao processo infeccioso. Isso acontece devido a umidade, maceração de tecido, procedimentos invasivos e quando ocorre o enfraquecimento do sistema imunológico.

A infecção também pode estar associada ao uso de antibióticos, anticoncepcionais, imunossupressores e corticoides, à gravidez, diabetes, alergias e ao HPV (papiloma vírus). A doença pode acometer homens, bebês, crianças, adultos e idosos.

Com sintomas desconfortáveis e às vezes perigosos, a candidíase pode variar desde uma simples infecção na pele até comprometer o sistema nervoso central e órgãos internos, podendo levar a óbito. Aqui, no Blog do Lustosa, você vai conhecer um pouco mais sobre a candidíase, com destaque para a candidíase vulvovaginal, a candidíase oral e a candidíase sistêmica, que estão entre os tipos mais comuns da doença. Saberá suas causas, diagnósticos, tratamentos e prevenção. Boa leitura!

Quais são os sintomas da Candidíase e em que partes do corpo ela costuma se manifestar?

A candidíase pode se manifestar tanto de forma localizada, como na boca, vagina ou pênis (candidíase genital), pele e unhas, quanto de forma disseminada, sendo este último tipo mais grave, podendo atingir a corrente sanguínea e outros tecidos, como o sistema nervoso central, coração, olhos e ossos, por exemplo. Os sintomas vão variar conforme os tipos de candidíase.

Como é feito o diagnóstico da Candidíase?

De acordo com o microbiologista Hyllo Baeta, o diagnóstico da candidíase é feito por meio do exame micológico direto, da cultura de fungos e, em casos específicos, através de marcadores presentes na corrente sanguínea. Esses exames são disponibilizados pelo Laboratório Lustosa.

Quais os riscos que a candidíase apresenta para a saúde?

Hyllo Baeta destaca que a candidíase pode não trazer consequências sérias para a saúde, em casos mais leves, ou, por outro lado, provocar até mesmo a morte, em suas formas mais graves. Nos pacientes imunossuprimidos, ressalta o especialista, a candida pode provocar fungemia, meningite, endocardite, esofagite, artrite infecciosa, entre outras.


Como a candidíase é transmitida?

Conforme o Ministério da Saúde, apesar de não ser considerada uma doença sexualmente transmissível, a candidíase pode ser transmitida através de relações sexuais. E ainda de mãe para filho, em caso de parto normal. Há ainda outras formas de transmissão, de pessoa para pessoa, por meio do compartilhamento e manuseio de objetos e utensílios contaminados, conforme o tipo de candidíase.

A candidíase tem cura?

Na grande maioria dos casos, sim.

Qual o tratamento para candidíase?

Os tratamentos recomendados variam de acordo com o tipo de candidíase, sendo feitos geralmente por meio do uso de antifúngicos. É fundamental, no entanto, que o tratamento seja prescrito e acompanhado por um médico.

Como se prevenir da Candidíase?

Como o fungo se desenvolve, preferencialmente, em lugares quentes e úmidos, Hyllo Baeta aconselha manter a pele seca e ventilada. Outras medidas preventivas vão variar de acordo com o tipo da doença.

Candidíase na mulher: doença é mais comum no verão

No verão, sol, mar, piscinas e cachoeiras são bem-vindos para se refrescar da alta temperatura. Essa época do ano, entretanto, é propícia ao tipo mais conhecido e mais recorrente da doença, principalmente nas mulheres: a candidíase vaginal ou vulvovaginal. O motivo? O aumento da temperatura e a umidade provocada por roupas de banho molhadas, que formam o ambiente preferido para a multiplicação dos fungos.

Estima-se que a candidíase afete cerca de 75% das mulheres em algum momento da vida. Desse percentual, aproximadamente, 5% poderão ter a candidíase vulvovaginal recorrente, quando a infecção se repete por pelo menos quatro vezes ao longo de um ano (também conhecida como candidíase recorrente ou candidíase de repetição).

Na mulher, a candidíase se manifesta principalmente por meios dos seguintes sintomas: corrimento branco, parecido com nata de leite, ardor na região genital e coceira intensa.

A doença pode acometer também os homens. Neles, os sintomas incluem pequenas manchas vermelhas no pênis, inchaço, lesões em forma de pontos e coceira.

Como é feito o diagnóstico da candidíase?

De acordo com Hyllo Baeta, do Laboratório Lustosa, caso tenha os sintomas, a pessoa deve procurar um médico, que vai solicitar os exames necessários para o diagnóstico da doença.

Qual o melhor tratamento para a Candidíase?

No geral, a candidíase é tratada com medicamentos antifúngicos, que devem ser utilizados conforme prescrição médica.

Como prevenir a candidíase vulvovaginal?

Para se prevenir desse tipo de candidíase, alguns cuidados simples precisam ser tomados, sobretudo agora no verão, como tirar roupas de banho molhadas após sair da piscina ou do mar. “É importante também que a pessoa tome um banho e faça a higiene com sabão assim que chegar em casa”, destaca Hyllo Baeta, que é especializado no diagnóstico laboratorial de micoses.

De acordo com ele, usar roupas apertadas também pode favorecer o aquecimento e a umidificação do corpo. “Nosso organismo precisa respirar. Por isso, é importante usar tecidos leves e se hidratar com frequência”, ressalta o especialista.

Candidíase sistêmica ou invasiva

Dentre seus diferentes tipos, a candidíase pode ser sistêmica ou invasiva. Trata-se de uma condição grave, que tem sido diagnosticada com frequência crescente em Unidades de Terapia Intensiva, em hospitais, devido ao aumento do número de pacientes imunocomprometidos (transplantados, diabéticos, com Aids, entre outros) e exposição a procedimentos médicos invasivos, principalmente cateteres venosos centrais, pacientes em nutrição parenteral e uso de múltiplos antibióticos por períodos prolongados, além de infecção bacteriana concomitante. Estima-se que, conforme o MS, a doença afete mais de 250 mil pessoas em todo o mundo e cause mais de 50 mil mortes.

Sintomas de candidíase sistêmica ou invasiva

Os sintomas clínicos da doença não são específicos, e variam desde febre e fadiga a confusão mental, ansiedade, taquicardia, calafrios e hipotensão, entre outros.

Transmissão e prevenção

A prevenção é semelhante à de muitas outras infecções hospitalares. De um modo geral, consiste na higienização das mãos dos profissionais de saúde, para evitar a transmissão através das mãos colonizadas da equipe que presta atendimento ao paciente, na adoção de medidas adequadas no manuseio de cateteres venosos centrais e sondas, e no uso racional de antimicrobianos.

Candidíase na boca (oral)

A candidíase oral ou candidíase de boca é provocada pelo crescimento exacerbado da espécie Candida Albicans nessa região. Sua forma mais conhecida é o “Sapinho”, que acomete bebês, cujo sistema de defesa do organismo não tem força suficiente para combater os microrganismos. Mas, ao contrário do que muitos acreditam, esse tipo de candidíase não é específica dos bebês. Crianças, adultos e idosos também podem sofrer com a doença.

Nos bebês, conforme a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, a infecção pode desenvolver-se quando eles têm diarreia, por exemplo, e colocam as mãos contaminadas na boca, ou porque o bico do seio, as mãos da mãe ou algum objeto como o bico da mamadeira ou a chupeta estão infectados.

No entanto, alguns outros fatores também contribuem para a disseminação da doença, permanecer com fraldas úmidas por muito tempo, presença de suor e umidade nas dobras do corpo e a má higienização de chupetas e mamadeiras.

Em adultos e idosos, a candidíase oral pode ser transmitida de pessoa para pessoa, também por meio do beijo, contato sexual e compartilhamento de utensílios e objetos contaminados.

Sintomas

A candidíase oral caracteriza-se pelo aparecimento de placas cremosas e esbranquiçadas na língua, lábios, céu da boca, parte interna das bochechas e, às vezes, gengivas ou amígdalas. Podem surgir lesões avermelhadas como aftas na língua e na bochecha. Em casos mais graves, a infecção pode atingir o esôfago.

Tratamento

O sapinho é tratado com cremes antifúngicos de uso local. Pessoas com formas muito agressivas da doença necessitam de remédios por via oral.

Prevenção da candidíase

  1. Não compartilhar talheres, chupetas, mamadeiras e outros objetos que a criança coloca na boca;
  2. Esterilizar bicos de mamadeira e chupetas e prestar atenção nos brinquedos que a criança põe na boca;
  3. Manter as fraldas e roupas íntimas limpas e secas;
  4. Lavar as mãos antes de lidar com a criança;
  5. Evitar beijar o bebê;
  6. Secar bem as dobras do corpo após o banho.

Em outras faixas etárias, outras medidas preventivas importantes são:

  1. Manter uma dieta saudável e balanceada
  2. Não compartilhar talheres e objetos pessoais
  3. Manter uma boa higiene bucal

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