Cumprir calendário de vacinas é essencial para manter afastadas doenças graves

14 jun, 2022 | Funcionamento Lustosa

O Calendário Nacional de Vacinação, que preconiza as imunizações por faixas etárias, desde o nascimento até a velhice, é essencial para assegurar a saúde individual e também coletiva. A adesão no Brasil, porém, ainda está muito aquém das metas estipuladas pelos órgãos de saúde. Enquanto isso, doenças graves, que podem levar à morte – como sarampo, poliomielite, pneumonia, tétano, hepatite, entre outras -, continuam colocando a população em risco.

Confira quais são as vacinas indicadas para cada idade

O cenário seria muito diferente caso todos mantivessem o calendário de vacinas em dia. Mas o desconhecimento do calendário de vacinação é ainda pior quando se trata de pessoas portadoras de enfermidades crônicas, como a hipertensão, e de outras extremamente graves, como AIDS e câncer, que possuem um calendário de vacinação ampliado, oferecido nos Centros de Referência para Imunobiológicos (CRIE), do SUS.

De acordo com a pesquisa “Pacientes de Risco: o conhecimento da população sobre os CRIE e o calendário de vacinação”, mais de 60% dos brasileiros desconhecem o calendário de vacinas para os grupos de risco. O estudo foi realizado pela empresa Inteligência em Pesquisa E consultoria (Ipec), em 2021, para o lançamento da campanha CRIE Mais Proteção, com o apoio da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Calendário de Vacinas

Para a responsável técnica de vacinas do Laboratório Lustosa, Marta Moura, a falta de conhecimento do calendário de vacinas e de informações sobre a importância dos imunizantes para salvar vidas influenciam nos baixos índices de cobertura vacinal no país. No dia Nacional da Imunização, em 9 de junho, o Brasil teve pouco a celebrar. As taxas de imunização seguem em queda. Órgãos de Saúde como a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM) estão preocupados com a situação e já alertam para o alto risco de doenças consideradas erradicadas voltarem, como o sarampo, a poliomielite, entre outras.

Marta Moura concorda que a situação é grave. “Nenhuma vacina do calendário básico, no país, conforme dados do próprio Ministério da Saúde, atingiu a meta ideal estipulada de cobertura vacinal- 90%”, constata. Um exemplo é a tríplice viral, um dos principais imunizantes do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que protege contra sarampo, rubéola e a caxumba, especialmente voltada para o público infantil. De acordo com o Instituto Butantan, a vacinação vem despencando nos últimos dez anos, prejudicando a população, sobretudo, as crianças. Em 2017, conforme os dados, a taxa de vacinação da tríplice viral foi de 86, 2% e caiu, no ano passado, para 71, 4%, bem longe dos 90% desejáveis.

Com isso, reforça Marta, o Brasil, em 2023, corre sérios riscos de viver uma nova epidemia de sarampo e poliomielite. “O sarampo, por exemplo, em 2016, foi considerado erradicado. No entanto, entre 2018 e 2021, foram registrados 39, 3 mil casos da doença, com 40 óbitos. Além dele, doenças como tétano, rubéola, coqueluche, entre outras que, no passado, causaram um grande número de mortes, estão reaparecendo em números expressivos”, observa ela, lembrando que o Brasil é considerado um dos países de referência mundial em imunização, “mas estamos perdendo, perdendo para doenças que podem ser evitadas por meio da vacinação”.

Outro caso, destaca a especialista, é o da poliomielite ou “paralisia infantil”, também com queda na cobertura vacinal. “Com intensa mobilização depois de anos enfrentando a doença, o Brasil recebeu, em 1994, da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o certificado atestando que o país estava livre da poliomielite e hoje o medo da doença voltar é real”, afirma. Segundo ela, especialistas consideram que o fato de as pessoas, pelo menos uma grande parte dela, desconhecerem o calendário de vacinas e não verem de perto a doença não consideram a importância da vacinação.

Ato de responsabilidade

Marta Mora reforça que estar em dia com o calendário de vacinas é primordial e é um ato de responsabilidade individual e coletiva. “Muitas doenças imunopreveníveis por vacinas, quando não matam, podem deixar sequelas graves como a Meningite”, pontua. Segundo ainda Marta, as vacinas são essenciais para evitar que epidemias atinjam a população. “Vivenciamos uma pandemia que nos trouxe prejuízos irreparáveis não só físicos, mas emocionais e socioeconômicos. A vacinação é considerada depois da água potável o mecanismo mais seguro e eficiente para a saúde pública”, destaca a profissional.

Segundo Marta, em dois anos de pandemia, o foco no controle da COVID-19 deixou os sistemas de Saúde e seus profissionais sobrecarregados, o que pode ter contribuído para a queda na imunização de outras doenças. “Isso atrasou quase três décadas de progresso, por exemplo, na luta contra a poliomielite e o sarampo na região”, observa. Para ela, outros fatores também interferem nas baixas taxas de cobertura vacinal. Entre eles, as fake News, em que a desinformação é disseminada, e o movimento anti-vacina. “Devido à pandemia, muitas pessoas também estão com receio de circular em unidades de saúde lotadas para vacinar, há os que têm medo dos efeitos adversos das imunizações e falta conhecimento em relação às vacinas indicadas por faixa etária e público alvo, principalmente em adultos e adolescentes”, explica.

Para Marta, só há um caminho possível na tentativa de reverter a situação: “trabalhar a conscientização e a sensibilização da população. Precisamos continuar combatendo a desinformação e mostrando o quanto as vacinas são importantes para salvar vidas”, ressalta.

Nos casos em que as pessoas têm receio de enfrentar unidades de Saúde públicas lotadas, Marta Barbosa afirma que a Rede Privada oferece alternativas. “No Laboratório Lustosa, por exemplo, temos todas as vacinas preconizadas pelo calendário básico de vacinas, algumas até que não estão disponíveis na rede pública. As pessoas podem ainda escolher a vacinação domiciliar, para mais conforto e segurança”, orienta. Veja aqui as vacinas disponibilizadas pelo Lustosa.

Para conferir o Calendário Nacional, clique em uma das opções abaixo:

 

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